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Coleta seletiva no Sertão paraibano é reconhecida pela ONU

Por Jornal da Paraíba    Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020


A política de coleta de resíduos praticada no município de Bonito de Santa Fé, no Sertão paraibano, foi reconhecida como um dos 66 projetos-modelo no Brasil pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A comissão internacional teve conhecimento da iniciativa paraibana através de um artigo do economista da Universidade Federal da Paraíba, Tarcísio Costa. Na publicação, o estudioso destaca ações da agenda mundial 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável, que estabelece 17 objetivos e 169 metas para a sustentabilidade global.

O estudo do economista agora é referência do “Big Push para a Sustentabilidade” da ONU, publicação que representa uma abordagem para analisar a articulação e coordenação de medidas e políticas que alavanquem investimentos sustentáveis (nacionais e estrangeiros). O objetivo é produzir um ciclo virtuoso de crescimento econômico, gerador de emprego e renda, redutor de desigualdades e de brechas estruturais e promotor da sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Na pesquisa de Tarcísio Costa, a política de coleta solidária de resíduos adotada em Bonito de Santa Fé é apontada como uma interferência necessária e favorável em um cenário de pobreza e empregos informais na cidade.

“Os resultados da política de coleta solidária em Bonito de Santa Fé concretizam os objetivos do desenvolvimento sustentável de erradicação da pobreza, igualdade de gênero, trabalho decente e desenvolvimento econômico. Além disso, busca a redução de desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis e o consumo e a produção sustentáveis”, atestou.

Além da UFPB, a pesquisa conta com a participação de especialistas da Universidade de Fortaleza (Unifor) e da Universidade de Toronto, no Canadá. No período de quatro anos, entre 2012 e 2016, foram gerados mais de R$ 100 mil e reciclados quase 245 toneladas de materiais descartáveis na coleta seletiva em Bonito de Santa Fé.

“O projeto apresenta sustentabilidade, considerando aspectos econômicos, sociais e ambientais. Beneficia 30 famílias de catadores em Bonito de Santa Fé. Há benefícios na geração de renda para os catadores (econômico e social), além de contribuir na redução de danos ao meio ambiente com a disposição adequada dos resíduos sólidos e diminuir a emissão de gases de efeito estufa (ambiental)”, destacou Tarcísio.

Segundo dados da ONU, é necessário, para atingir o desenvolvimento sustentável, consolidar os objetivos globais de acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares; encerrar a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; e assegurar uma vida saudável ao promover o bem-estar para as pessoas de todas as idades.

 

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