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Pesquisador da UFPB cria aplicativo para facilitar tratamento de crianças autistas

Por Jornal da Paraíba    Sábado, 21 de Setembro de 2019


Um projeto de aplicativo desenvolvido pelo pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Computação, Comunicação e Artes (PPGCCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Rafael Toscano pode ajudar no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O aplicativo fornece informações e recomenda recursos audiovisuais e multimídia a terapeutas responsáveis pelo ensino de competências e de habilidades de crianças autistas.

Cerca de 30 terapeutas da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad), em João Pessoa, colaboraram com a caracterização do cotidiano do tratamento e de intervenções a autistas, a partir da descrição dos formatos de interação e dos objetivos cognitivos. “O uso das tecnologias pode ser positivo para o aprendizado dessas crianças. Poucos terapeutas utilizam esses recursos nas rotinas de trabalho”, conta Toscano.

No framework em desenvolvimento de software, que é uma abstração que une códigos comuns entre vários projetos de software provendo uma funcionalidade genérica, todo o processo é divido em quatro etapas e considera os aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores da criança.

Em cada um deles, o terapeuta deve atuar com um objetivo para estimular um conhecimento, uma competência ou uma habilidade. Para isso, são disponibilizados cronogramas de organização e de atividades a serem desenvolvidas, com informações sobre os benefícios que o uso dos recursos pode ter.

“Ele foi feito para que os terapeutas entendam como organizar o conhecimento para as crianças, escolhendo qual tipo de vídeo, jogo ou abordagem é ideal para trabalhar com a criança”, explica Toscano.

Enquanto o aplicativo não fica pronto, no site do TutoPlay, é disponibilizado um painel que o terapeuta pode baixar e preencher, a fim de criar um plano de rotina para cada paciente. O documento também permite acompanhar a evolução e planejar e avaliar os resultados dos métodos utilizados.

De acordo com o pesquisador, a ferramenta pode beneficiar também adolescentes e jovens autistas. “A forma como as recomendações estão feitas pode ajudar a estruturar cursos profissionais para quem pretende entrar no mercado de trabalho”. Em parceria com a Funad, o pesquisador deve expandir o TutoPlay para outras regiões.

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