Na noite desta terça-feira (20), a Praça Getúlio Vargas, no centro de Patos, no Sertão da Paraíba, foi palco de um ato ecumênico em memória da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes, assassinados no Rio de Janeiro, no dia 14 deste mês.
O evento reuniu representantes da União das Associações Comunitárias (UAC), Partido Comunita do Brasil (PC do B), Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), Movimento dos Sem Terra (MST), Partidos dos Trabalhadores (PT), Grupo Mulher + Poder Sem Violência e da Câmara de Vereadores de Patos.
O presidente do diretório municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Alexandre Galdino, fez o seguinte comentário sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. "A gente percebe que esse ato bárbaro que aconteceu com a Marielle faz parte desse objetivo que é silenciar a periferia, os movimentos negros, as mulheres, e silenciar a voz do povo", comentou Alexandre.
A representante do Grupo Mulher + Poder Sem Violência, Maria Joseny, disse o que este ato ecumênico representa. "Este ato que nós fizemos lembra Marielle que foi essa figura representantiva por defender os direitos das pessoas, os direitos dos podres, dos oprimidos, das mulheres, dos negros, das minorias, mas representa também, as muitas Marielles, as muitas pessoas anônimas que são vítimas da violência institucional, da violência por defender o direito dos pobres, da violência física, da violência psicológica", concluiu Joseny.
A vereadora Nadirgerlane Rodrigues (MDB), disse que o ato foi muito importante porque em Patos há muitas Marielles que precisam desse apoio para dar um basta na violência. "Eu como mulher que estou na câmara municipal sei da importância que tem, porque, como Marielle, Patos tem muitas mulheres que nesse momento precisam sim, desse apoio, precisam deste momento de luta como forma de dizermos basta a violência, e a luta não poder parar", finalizou Nadirgerlane.
O ex-prefeito de Patos, Lenildo Morais (PT), explica o objetivo deste ato em memória de Marielle Franco, promovido pelas entidades e partidos políticos de Patos. "Estamos aqui denunciando os atos de violência contra qualquer pessoa. Contra homens, mulheres, negros, gays, ciganos. Todos àqueles que são violentamente atacados diariamente", explicou Lenildo.
A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Região Central do Rio, por volta das 21h30. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução.
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