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Flamengo falha novamente em momento decisivo e caminha para novo ano sem título de expressão

Por Globo.com    Domingo, 11 de Novembro de 2018


“Deixou chegar...” O tradicional bordão rubro-negro há tempos não passa de um... bordão. A matemática ainda dá ao Flamengo uma remota chance, mas a verdade é que a derrota por 2 a 1 para o Botafogo, neste sábado, praticamente sepultou qualquer possibilidade de título em 2018. Sem força e sem poder de decisão, o time voltou a falhar em momentos decisivos. Uma dolorosa rotina para o Rubro-Negro, tradicionalmente conhecido por crescer em retas finais.

Sem um título de expressão nacional desde 2013, quando conquistou a Copa do Brasil, o Flamengo tem sido presença constante na parte de cima da tabela, mas tem morrido na praia. Nos últimos anos, faltou fôlego, aquele sprint final... cenário que se desenha mais uma vez em 2018 e incomoda.

Mas o que falta ao Flamengo? O elenco é apontado como um dos melhores do país, a estrutura é invejada por rivais e, com a melhor média de público do campeonato, não dá para reclamar da falta de apoio. Abaixo listamos alguns detalhes que, em momentos de decisão, contribuíram, de uma forma ou outra, para o insucesso do time.

A tal posse de bola...

Impressiona a semelhança do futebol apresentado pelo Flamengo em jogos decisivos. O time martela, martela, martela e ... nada. E não é de hoje. Contra o Botafogo, a equipe chegou a ter 72% de posse de bola, mas teve apenas três chances reais de gol, contra oito do adversário.

 

Flamengo teve sua pior atuação sob o comando de Dorival contra o Botafogo — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes

Flamengo teve sua pior atuação sob o comando de Dorival contra o Botafogo — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes

 

Problema que Dorival conseguiu corrigir em seus primeiros jogos, mas voltou a ocorrer contra o Botafogo. É algo difícil de se acostumar, mas virou rotina para o torcedor rubro-negro: em jogos decisivos, contra equipes fechadas, o Flamengo gira a bola, mas erra demais. Faltam tranquilidade, o último passe e, principalmente, poder de decisão.

Gols perdidos e falhas individuais

Dorival não costuma apontar dedos e evita falar em erros individuais. Mas é fato que algumas falhas foram decisivas para a queda do Flamengo nos últimos jogos. César não foi bem contra o Botafogo. Demorou a sair no primeiro gol e foi surpreendido na cobrança de falta de Valencia. No gol de Erick, Réver ficou para trás e perdeu na velocidade para o atacante alvinegro.

Contra o Botafogo não foi assim. Mas as chances desperdiçadas nos últimos jogos custaram quatro pontos fundamentais ao Flamengo. No empate por 1 a 1 com o Palmeiras no Maracanã, Paquetá, livre, perdeu a chance de virar a partida e deixar o time a apenas um ponto do líder. Na rodada seguinte, diante do São Paulo, foi a vez de Vitinho, sozinho, isolar para o alto a vitória no Morumbi. Faltou frieza no momento de decidir.

Cenário de indefinições

Dorival segue em 2019? Como ficará a situação de Diego Alves? Diego terá o contrato renovado? Mudanças no futebol de uma temporada para outra são naturais, mas no Flamengo, especialmente pelas eleições de dezembro, o clima de incerteza está aflorado. A começar pelo treinador, que dificilmente terá sequência em 2019.

A única certeza é que Paquetá protagonista do Flamengo na temporada, está de saída. Negociado com o Milan, restam apenas mais quatro jogos com a camisa do Flamengo, uma vez que ele está suspenso e não encara o Santos. No mais, sobram dúvidas e faltam respostas.

 

Externamente o grupo não joga a toalha, mas clima é de fim de festa no Flamengo — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes.

Externamente o grupo não joga a toalha, mas clima é de fim de festa no Flamengo — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes.

 

Vestiário

É difícil afirmar que isso entra em campo, mas o clima no vestiário do Flamengo já teve dias melhores. Por mais que evitem falar publicamente sobre o assunto, o afastamento de Diego Alves, devido a problemas com Dorival, é uma questão mal resolvida e pesa o ambiente. Desde o início o caso foi malconduzido e só piorou após o bate boca do goleiro com o treinador na frente de todo o elenco.

Paquetá oscila, e medalhões não decidem

Paquetá é o termômetro do Flamengo em 2018. Quando ele vai bem, geralmente o time vence. Foi assim contra Corinthians, Fluminense, Paraná... No entanto, quando o camisa 11 não está inspirado, é notória a queda de produção da equipe. E foi assim nos últimos jogos. De saída para a Europa, o jogador tem oscilado, o que tem dificultado uma regularidade do Flamengo.

Mas é justo colocar toda a responsabilidade em Paquetá? Não, mas outros nomes que poderiam decidir não vivem um bom momento. Protagonista em um passado recente, Diego hoje é reserva e não tem entrado bem nos jogos. Everton Ribeiro até faz boas jogadas, mas não tem sido decisivo com gols e assistências nessa reta final.

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