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Três meses após mudanças no DM, Flamengo reduz nº de lesões

Por Globo Esporte    Quarta-Feira, 20 de Janeiro de 2021


As mudanças realizadas no Departamento de Saúde e Alto Rendimento do Flamengo em outubro geraram questionamentos dentro e fora do clube na época. A chegada de novos profissionais aconteceu em meio a um dos momentos com mais jogadores lesionados e suscitou o debate sobre a pertinência das alterações à época.

+ Diego Alves vai a campo, mas treina separado do grupo do Flamengo e é dúvida para enfrentar o Palmeiras

Aos poucos, porém, a reformulação vem dando resultado: em cerca de três meses de trabalho, o Flamengo reduziu o número de jogadores lesionados e passou a apostar num trabalho preventivo, avaliado como positivo internamente.

 

Treino do Flamengo no Ninho do Urubu — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Treino do Flamengo no Ninho do Urubu — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

De seis jogadores lesionados em outubro, o DM rubro-negro agora tem dois atletas: Thiago Maia e Diego Alves.

Dos dois, a lesão do volante foi a partir de um trauma - Thiago sofreu uma lesão ligamentar grave no joelho numa queda no jogo com o Atlético-GO. Diego Alves, que está em trabalho de fisioterapia, teve um problema muscular.

Evolução no departamento médico

Mês Jogadores lesionados
Outubro Diego (lesão muscular grau 3 na coxa), Diego Alves (dor no ombro esquerdo), Gabigol (entorse no tornozelo direito), Arrascaeta (dores no joelho e no músculo posterior da coxa esquerda), Rodrigo Caio (dores no joelho direito e lesão na panturrilha) e Pedro Rocha (transição após re-lesão na coxa direita)
Novembro Filipe Luis (lesão grau 2 na coxa direita), Pedro (lesão muscular de grau 2) e Thiago Maia (lesão no joelho e cirurgia).
Dezembro Willian Arão (lesão grau 2 na coxa direita) e Diego Alves (lesão na coxa direita)
Janeiro Sem nova ocorrência até o momento

Foco em prevenção e gerenciamento de dados

Para conseguir esvaziar o departamento médico, o Flamengo passou a implementar uma metodologia mais voltada à prevenção. Com o aval de Marcio Tannure, gerente do setor, o novo coordenador de fisioterapia, Marcio Puglia, utilizou os dados coletados diariamente para entender melhor os jogadores e poder estabelecer uma nova filosofia.

O trabalho foi bem recebido pelos atletas. De acordo com dados apurados pelo ge, o número de atendimentos de caráter preventivo subiu de 108 em outubro para 439 em novembro e 397 em dezembro.

A participação dos jogadores é vista como primordial no trabalho. Dos que se lesionaram neste período, nenhum teve problema de re-lesão, quando há uma espécie de recaída.

Outros jogadores lesionados conseguiram se recuperar num período menor do que a média: Willian Arão, por exemplo, teve lesão muscular de grau 2 no músculo posterior da coxa e voltou na metade do tempo previsto.

Alguns atletas também passaram por um processo de reequilíbrio. O caso mais famoso foi o de Gabigol, que chegou a desfalcar o Flamengo para concluir o trabalho. Nomes como Bruno Henrique e Arrascaeta também realizaram este tipo de atividade, definida a partir da análise dos dados de cada jogador.

Gabigol em treino do Flamengo — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Gabigol em treino do Flamengo — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Investimento em tecnologia

Nos últimos meses, o Flamengo também investiu em equipamentos e tecnologia para o setor. Uma esteira anti-gravitacional, que auxilia na recuperação e na prevenção, foi adquirida, assim como uma câmara hiperbárica e um novo modelo de bota compressora, que acelera a recuperação muscular - o clube será o primeiro do Brasil a utilizar o produto, oriundo dos Estados Unidos.

Além de equipamentos, o departamento também investiu na análise das informações. Puglia, por exemplo, criou um aplicativo para cuidar dos dados produzidos e gerar relatórios diários que são distribuídos a todas as áreas de saúde do Flamengo.

É com base nestes relatórios que são pautadas as reuniões antes de cada treino. É nelas, por exemplo, que se decide poupar ou não um jogador que se queixou de algum problema muscular, apontado de acordo com os dados apresentados.

Os relatórios mostram que tipo de atendimento foi realizado (prevenção, tratamento ou recuperação pós-jogo), os tipos de queixa (mialgia na coxa é a líder) e o local onde os jogadores se queixaram de dor.

Um exemplo: em uma semana de dezembro, houve 20 atendimentos de atletas que se queixaram de dor no músculo posterior da coxa. Um se lesionou: Willian Arão.

A situação de Diego Alves

No momento, o principal desafio de curto prazo do departamento médico rubro-negro é devolver Diego Alves ao time. O goleiro sofreu uma lesão na coxa direita no fim de dezembro. Desde então, segue em tratamento para retornar.

No treino de terça-feira, em Brasília, por exemplo, o jogador foi a campo, mas realizou um trabalho separado do grupo. Ele fez trabalhos leves alternando com um fisioterapeuta e um preparador de goleiros.

O departamento médico também passou por escrutínio nos bastidores do Flamengo. Em dezembro, o clube iniciou um projeto de integração para que profissionais também trabalhassem no sub-20.

Quando esteve no Ninho do Urubu em dezembro para acompanhar de perto o trabalho do futebol, o presidente Rodolfo Landim fez questão de entender o porquê do alto número de profissionais nos departamentos médico e de preparação física. A sugestão de Tannure de iniciar o trabalho de integração foi bem aceita pelo mandatário.

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