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Willian Arão fala do novo Flamengo de Domenec e admite mudanças no estilo

Por Globo.com    Sexta-Feira, 7 de Agosto de 2020


Adaptação. Essa foi a palavra-chave na entrevista coletiva de Willian Arão nesta sexta-feira, às vésperas da estreia do Flamengo no Campeonato Brasileiro. Com a chegada do novo treinador, Domènec Torrent, o volante admitiu que haverá mudanças na forma de jogar da equipe, mas ressaltou que o elenco está se empenhando para se moldar o mais rápido possível às ideias do catalão.

- Não sei o que ele conhecia do meu trabalho, de que forma vou continuar jogando. Se são as mesmas ideias, os mesmos movimentos. A gente não sabe ainda. A gente sabe que existem algumas diferenças, algumas mudanças, mas não vou falar porque temos um jogo domingo. Vou tentar me adaptar. Não só eu, como o time todo, para que a gente permaneça nesse caminho de vitórias.

Flamengo e Atlético-MG se enfrentam neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã pela primeira rodada do Brasileirão. Por conta da pandemia do coronavírus, assim como todas as outras partidas, o confronto será realizado de portões fechados.

Willian Arão durante entrevista coletiva pelo Flamengo — Foto: Paula Reis / Flamengo

Willian Arão durante entrevista coletiva pelo Flamengo — Foto: Paula Reis / Flamengo

 

Veja outros pontos da entrevista de Willian Arão:

 

Jogo contra o Atlético-MG

- Uma grande equipe. Com movimentos bem incisivos. Jogamos contra eles, contra o Santos do Sampaoli, e imaginamos que muitos movimentos vão se repetir. Esperamos que seja um grande jogo, esperamos anular os pontos fortes deles para que possamos sair vencedores. Tentar nos impor como fizemos no ano passado.

Mudança de metodologia com Dome

- São metodologias diferentes, ideias diferentes. Acredito que inevitavelmente vamos sofrer uma mudança, ter alguma coisa nova. Esperamos nos habituar. Tivemos uma semana de trabalho, e o que esperamos é nos adaptar o mais rápido possível e entender aquilo que ele quer, para que a gente possa colocar em prática e buscar a vitória e os títulos.

O que há de diferente?

- Tem mudanças, isso é inevitável. Assim como o Jesus tinha diferenças para o Abel. Cada treinador tem suas convicções, sua maneira de trabalhar, treinar. Obviamente é diferente. O que estamos tentando fazer é nos adaptar o mais rápido possível para vencer as partidas. Os treinos são diferentes, não é o mesmo tipo de treino, não é a mesma cobrança, ele cobra outros movimentos, outras coisas.

Comunicação com Dome

- Dá para entender muito bem. Ele já fala algumas palavras-chave em português. Que para eles muda muita coisa. Está sendo bem tranquila essa parte de comunicação, porque temos muitos jogadores que falam espanhol. Ele está conseguindo passar tudo o que ele quer para nós e estamos conseguindo assimilar.

Diferencial do elenco para assimilar ideias

- Somos jogadores de alto nível. Quando aparece uma situação que a gente não consegue resolver e não dá pra conversar com o técnico, dentro de campo, nos 90 minutos, a gente tem que achar uma solução. Estamos no Flamengo por conta disso. Quando aparecerem essas situações, temos que resolvê-las. Se não der para falar com o treinador, temos que nós mesmos, dentro de campo, resolver.

Expectativa para Libertadores

- Vai ter bastante jogo, poucos treinos. É um numero plausível. Temos que nos adaptar o mais rápido possível. Não posso dizer que domingo vamos jogar do jeito que a gente quer. Domingo vão acontecer erros, porque toda equipe erra, e ele vai corrigindo. Tem todo um sistema, mudança de jogador, de sistema. Temos que nos adaptar.

Semelhanças e diferenças para Jorge Jesus

- Não dá para apontar. Todo treinador tem suas particularidades. São cinco dias de treino. É pouco para falar. Fato é que é diferente a maneira que cobra, que ele fala. Não são as mesmas pessoas. É natural que isso seja. Difícil apontar um fator grande.

Funk do Domènec

- Gruda na cabeça mesmo. Mas a gente ainda não brincou com ele a respeito disso. Não só no vestiário, mas em casa também. Tem filha de jogador cantando. Foi bem engraçado e eu levei na esportiva.

Pressão por resultados

- Nosso ponto forte é a nossa equipe, nosso individual, cada jogador. A equipe é muito forte, e o individual vai sobressair com muita facilidade. Está todo mundo bem, junto, perto, jogando como equipe, e aí os caras da frente, uma hora, vão resolver o jogo para nós. Estando fortes defensivamente, lá na frente inevitavelmente vamos resolver as partidas.

- A pressão é constante no Flamengo. Nunca entrei num campeonato para ver no que vai dar. Sempre entramos com pressão para ser campeão, por tudo que a gente vem fazendo nos campeonatos. Eu tiro de letra isso. A gente tem que se manter focado no trabalho e na evolução da equipe pra chegar em fevereiro levantando taça

Possível hegemonia do Flamengo

- A gente já mostrou algumas situações diferentes com o Mister. Nós brasileiros tínhamos ideias de muitas coisas e isso foi quebrado, foi provado na prática que não funciona. O que a gente quer é não falar em hegemonia, mas em crescimento. Queremos continuar crescendo. Consequentemente vão vir as vitórias, os campeonatos, e aí a hegemonia vai ser algo normal. A gente pensa no próximo jogo.

Pretende encerrar a carreira no Flamengo?

- Sim, mas nunca pensei em quando vou encerrar a carreira. Não sei o dia de amanhã. Já pensei em ficar nesse clube por 10, 15 anos, mas não sei quando vou encerrar. O Juan é inspiração para nós. Não sei se vou continuar em alto nível com 38 anos. Já me imaginei vestindo essa camisa por mais 10 anos. Estava vendo que sou quem mais vestiu a camisa no elenco hoje. São pontos que mexem comigo. Nunca imaginei jogar essa quantidade, mas eu me imagino. Encerrar a carreira... não sei. Vivo o hoje, tenho contrato longo e quero cumpri-lo.

Flamengo favorito pro Brasileiro?

- Nós somos uma equipe muito forte. O que queremos é ganhar todos os jogos. Nem sempre é possível. Falar em favoritismo eu deixo para vocês. A gente não teme ninguém. Vamos jogar para ganhar em todos os estádios, com torcida ou sem torcida. E vai continuar sendo assim. O que a gente quer é nos manter focado no jogo para poder vencer um jogo após outro. A gente não pensa em fevereiro, e sim no Atlético, e depois na próxima partida. E assim sucessivamente.

Ensaio de fotos com as taças

- É um reconhecimento. Quando você vê as taças, isso ninguém pode mais tirar. É a forma de dizer: "Caramba, eu consegui, eu conquistei". E isso dá gás para conquistar mais. Ano que vem quero ter o triplo, dobro de taças ali.

Avaliação da primeira semana de treinos

- Está sendo muito boa, como têm sido todas as nossas semanas. Difícil apontar as diferenças, mas elas existem. A semana tem sido boa, estamos nos preparando bem para no domingo fazer uma grande partida e sair vencedor.

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