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Dívida da Prefeitura de Patos com empresas de lixo e de iluminação chega a quase R$ 3,5 milhões

Por Redação 40 Graus    Quarta-Feira, 16 de Maio de 2018


Os constantes problemas enfrentados pelos patoenses nas áreas de coleta de lixo e iluminação pública podem ter uma explicação básica: a Prefeitura de Patos não vem honrando religiosamente com os pagamentos mensais para com as empresas Ghia e Conserv, que operam serviços de recolhimento de resíduos sólidos e iluminação respectivamente, na cidade.

A constatação vem após uma verificada nos demonstrativos de pagamentos que são realizados pela Prefeitura e conseguidos no Tribunal de Contas do Estado através do Sagres.

Até o dia 10 de maio, o extrato obtido pelo Portal 40 Graus contava dívidas que juntas ultrapassam a casa dos R$ 3 milhões(3.438.612,13).

Só com a Conserv, a Prefeitura tem pelo menos três parcelas e meia pendentes como mostra o extrato abaixo com dívida total de R$ 2.114.786,48.

A empresa tem um contrato bem acima dos valores praticados pela administração passada que tinha contrato com a Light. Enquanto a primeira recebe hoje algo entorno de R$ 650 mil mensais, a segunda recebia pelos seus serviços cerca R$ 410 mil mensais em média, segundo mostra o extrato de pagamento do Sagres.

No início da Gestão Dinaldo tal empresa assinou um contrato de mais de R$ 4 milhões(anexo com valores totais) por 180 dias de serviços prestados.

Já a empresa Ghia tem valores também altos a receber como mostra o anexo com quatro parcelas que juntas somam R$ 1.323.825,65.

Desde o contrato assinado no início da gestão com a Real Energy os valores praticados já eram bem acima dos assinados com a Eletroser na gestão anterior.

A Real Energy foi contratada para realizar serviços de energia elétrica na cidade por um contrato de mais R$ 1.116.560,90 por um período de apenas 90 dias, enquanto que a administração passada pagou valores bem abaixo em 12 meses de 2016 à EletroLasaer: 1 milhão e 13 mil reais, ou seja, pouco mais de 84 mil reais mensais. Hoje a Ghia recebe cerca de 237 mil reais mensais.

Até o momento, a administração municipal não se pronunciou sobre os gastos e possíveis atrasos, nem tampouco as empresas que prestam serviços vieram a público cobrar a dívida.

Empresas passam por dificuldades para operarem serviços

Dias atrás a população sofreu com a parada durante quase um dia inteiro dos serviços de coleta de lixo por conta que os caminhões ficaram sem abastecer porque a empresa estava com dificuldade de pagamento de combustível no posto fornecedor.

As cestas básicas dos garis não foram entregues na data mensal a que são repassadas(25 de cada mês).

De acordo com um gari que procurou a nossa reportagem, muitos colegas passaram necessidade e quando iam perguntar pelo mantimento recebem o aviso de demissão.

Ele denunciou que a parada dos caminhões coletores no final do mês passado foi por conta do atraso no pagamento da Prefeitura que deve de dois a três meses a Conserv que passa por dificuldades, inclusive, para abastecer os caminhões.

“Nenhum posto quer abastecer os caminhões porque não recebem da empresa que não tem como bancar o atraso. O que a gente escutou lá dentro da empresa é que a prefeitura não paga há dois ou três meses”, denunciou ele.

Os caminhões ficaram durante todo o dia 23 de abril parados sem combustível no pátio da empresa e os profissionais sem trabalhar esperando uma segunda ordem.

Motoristas da empresa disseram que os caminhões foram recolhidos ao pátio da CONSERV no final de semana anterior. “Rodamos até o tanque ficar na reserva. Fizemos ainda algumas coletas nos bairros, mas depois não deu mais e tivemos que parar os caminhões. Pode ir lá que você vê”, relatou o trabalhador que pediu para não ser identificado.

O salário de abril também não foi pago no fim do mês e a empresa admitiu que teve problemas para realizar, porém, dias depois os profissionais receberam seus vencimentos.

Embora a empresa Ghia não admita dificuldades, dias atrás os patoenses sentiram falta do caminhão de conserto de iluminação pública nas ruas. O número 0800 passou dias sem atender solicitações de Patos e a empresa não deu explicações em público.

Falava-se que assim como a Conserv, a Ghia também cobrava a dívida e ameaçada não mais prestar serviços na cidade. Alguns ouvintes ligaram para o 0800 e receberam a informação que os serviços estavam suspensos.

Dias depois, sem explicação alguma, a empresa voltou a operar mesmo sem admitir que os serviços foram paralisados.

Engenheiro da empresa de eletrificação desmente que vá deixar atividades em Patos

Com o objetivo de desmentir boatos espalhados pela cidade, a GHIA ENGENHARIA, empresa responsável pelos serviços de iluminação pública, desmentiu informações que davam conta da retirada da empresa da cidade.

Segundo Paulo César Gonçalves, engenheiro eletricista responsável pela Ghia Engenharia, as atividades estão funcionando normalmente na sede da empresa, situada no bairro Salgadinho.

Paulo Cézar afirmou ainda que os trabalhos continuam normalmente, e disse que a empresa está a disposição da população e de qualquer interessado em conhecer de perto as atividades.

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