A semana terminou na Capital do Sertão com o povo nas ruas em apoio aos servidores grevistas do município de Patos. Numa semana bastante conturbada e sem avanços no movimento paredista que já dura 46 dias, os funcionários resolveram todos os dias visitar uma comunidade como forma de mostrar a situação e buscar apoio popular.
Na maior greve da história de Patos, segundo os sindicalistas, praticamente nada se avançou e a única tentativa de negociação terminou frustrada sem nenhuma proposta da administração Dinaldo.
O novo jeito de apelar foi ir para os bairros pedir apoio do povo. E não é que pela primeira vez o povo deu a resposta de que está apoiando a paralização. Em todas as comunidades visitadas, entre elas, Salgadinho, Conjunto Itatiunga, Jatobá e Monte Castelo, o povo saiu de suas residências e foi para as ruas apoiar o movimento.
Mesmo o povo tendo parte dos serviços paralisados, a população lamentou o fato de ter de conviver com a greve, mas a apoia por entender que a causa é justa e a situação dos serviços já estarem precários mesmo sem a greve. Este foi o principal discurso ouvido de todos os líderes comunitários que usaram os microfones nas comunidades visitadas.
Como o movimento ganhou mais força, o governo ficou mais emparedado e viu até a sua base aprovar um requerimento de convocação do prefeito e secretários, para próxima quarta-feira(23), na Câmara Municipal, para prestar esclarecimentos sobre a falta de solução.
Acuado, não restou outra alternativa ao prefeito senão convidar os servidores para mais uma sentada de negociação, nesta segunda-feira(21), de forma antecipada para não cair nas barbas dos vereadores.
Apesar do prefeito apregoar que vem dialogando e concedendo algumas reivindicações dos servidores, não é isto que estes afirmam. Descontentes com a forma de encarar os funcionários, estes rasgam para todos os cantos que o prefeito não dialoga e que não está sensível a causa.
Esta semana a greve completará 50 dias, e caso o governo não sinalize para uma solução, tende a perdurar ainda mais sob risco de passarmos o São João encarando uma paralização sem fim.
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