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Prefeito interino de Patos revela contas a pagar de R$ 30 milhões contraídas na Gestão Dinaldinho, só em 2018

Por Redação 40 Graus com Patos Verdade    Terça-Feira, 21 de Agosto de 2018


O prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha (PPS), concedeu entrevista a imprensa na manhã desta terça-feira(21), e trouxe fatos reveladores da situação difícil porque passa a Prefeitura de Patos. Bonifácio classificou a situação extremamente complicada dizendo que a edilidade está em condição precária. Atolada em dívidas, o município tem hoje cerca de R$ 30 milhões de empenhos não pagos, os considerados passivos da administração.

“A situação é tão preocupante que a prefeitura tem um passivo de obrigações de aproximadamente R$ 30.000,000,00 (trinta milhões de reais) o que dá ou não para a folha de pagamento. "Eu não tomei conhecimento de dez por cento da realidade da situação da Prefeitura Municipal. Só pra gente ter uma noção, nós temos um passivo de obrigações só de dois mil e dezoito, aproximadamente a trinta milhões de reais. Se for fazer ao pé da letra, quase toda a receita, fora os repasses obrigatórios, só dá ou não dá as vezes para a folha de pagamento. Não é à toa que o adiantamento do décimo terceiro não foi pago todo", comentou Rocha.

O gestor foi mais além e revelou que o Município encontrou dificuldades para repassar o duodécimo da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, dia 20. "A gente tem dificuldades, e eu vou dizer como exemplo, ontem {...dia 20 de agosto} era o último dia de repassar o duodécimo para a câmara. Nós, até as ultimas horas no banco estávamos 'catando' conta por conta para repassar porque é uma obrigação institucional e teríamos que fazer. Mas como se diz na linguagem popular, 'raspamos o tacho' para fazer isso", contou o prefeito interino.

O gestor garantiu que não abonará nada de política partidária enquanto estiver no comando da administração. "Eu assumi e o perfil o meu, de probidade administrativa, de austeridade, de honestidade e dedicação, exclusiva a gestão. Sou um ser político, mas durante a gestão eu não abonarei nada política partidária dentro da prefeitura", concluiu Bonifácio.

Quanto a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o prefeito interino revelou que este é um ponto crucial, herdado de Dinaldo Filho, que chega a 64%, ultrapassando o limite da LRF, que é de 54%. "Nós temos uma implicação da folha de pagamento sobre a receita de 64%, quando a legalidade é 54%. Quando está em 51,03% o tribunal já manda tomar providência ao limite prudencial. Se fosse para entrar no limite legal nós temos o um excesso de 18 milhões de reais. Teríamos que descontar da folha praticamente 4 milhões por mês daqui para dezembro. Isso quer dizer, que se não houver uma novidade muito grande na arrecadação é impossível está em dezembro dentro do limite legal. E isso pode até ser motivo de improbidade administrativa", confessou Bonifácio.

Bonifácio Rocha esteve acompanhado dos secretários Wendel Palmeira (Saúde), Socorro Chaves (Educação), Arnon Medeiros (Finanças), do Coordenador de Comunicação Misael Nóbrega e Jonas Guedes (Procurador do município).

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