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Artista paraibano é finalista em concurso nacional de artes visuais

Por Wscom    Terça-Feira, 11 de Janeiro de 2022


O paraibano Rubens Elias é finalista em concurso nacional de artes visuais organizado pela Galeria Caw, em São Paulo. A exposição virtual “Santarenas: cores e imagens traduzindo o Oeste Paraense” é a primeira mostra individual. São dez trabalhos do artista que condensa sua vivência na Amazônia brasileira, através de cores, ritmos e sabores minimamente gestados a partir de pincéis e espátulas. A mostra começa no dia 17 e vai até o dia 31 de janeiro de 2022, disponível no site https://cawoficial.com/cawleria

A arte ainda é um hobby para o professor da Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém. Rubens teve contato com o mundo da arte ainda cedo, nas paisagens do mangue da cidade de Bayeux. Observar pintores, ceramistas, oleiros e artesãos fez com que percebesse no detalhe mínimo dos elementos, um modo de expressar uma linguagem, um sentimento. Ele descobriu desde cedo a poesia através da linguagem escrita, o que o levou até o curso de jornalismo, cujo bacharelado foi concluído na Universidade Federal da Paraíba, onde também fez o mestrado e doutorado em Sociologia.

Com pós-doutorado em Ciências das Religiões, em Montreal, no Canadá, Rubens está radicado em Santarém, no Pará, há 10 anos, onde é docente da Ufopa. Além das aulas e pesquisas mais centradas em pesca artesanal, culturas ribeirinhas e modo de vida comunitária, as telas e pincéis passaram a fazer parte do seu cotidiano, a partir do encantamento com o cotidiano do Pará.

Rubens articula as técnicas a óleo e acrílico, além de apropriar-se de materiais ao alcance da mão, como colheres de pedreiro, esponjas domésticas, filetes de bambu, entre outros. O pintor realiza-se na pintura desde a infância e começou a pintar telas desde que chegou a Santarém.

“Quando vim morar aqui, a despeito do meu trabalho, minha casa não tinha absolutamente nada, aí decidi comprar tintas e pintar telas para decorar o ambiente e torná-lo agradável em situação tão… complicada”, explica. A síntese do trabalho dele, presente nesta mostra, é a representação do mundo rural santareno, seu cotidiano e sua gente. “Eu quero e busco explorar o imaginário, o que está presente, mas não está obviamente visível”.

O pintor tentar fugir das imagens recorrentes que são construídas da Amazônia, buscando aquilo que alcança o coração das pessoas independentemente de onde estejam. “Eu busco o sentimento, a sensação de pertencimento e identidade. É possível criar isso a partir de onde estamos, no singular podemos encontrar o universal”, declara.

As inspirações de Rubens Elias vêm das cores marcantes de Van Gogh, a força de Munch e o cotidianismo de Gauguin. Flávio Tavares, Arthur Bispo do Rosário, Miguel dos Santos, Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica são importantes nomes a serem lembrados. Há até uma série em homenagem a Volpi.

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