Morre em Patos o ex-policial militar Wanderlan Limeira, investigado por fraudes em concursos
Por Pabhlo Rhuan - Jornal Patoense Quarta-Feira, 17 de Dezembro de 2025
O ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa, de 44 anos, investigado por fraudes em concursos públicos, morreu na tarde desta terça-feira (16) no Hospital Regional de Patos. Segundo a assessoria da unidade, o óbito foi registrado às 16h27, na área vermelha do hospital.
De acordo com o hospital, Wanderlan deu entrada na unidade na segunda-feira (15), após apresentar agravamento do estado de saúde. Até a última atualização desta matéria, não havia informação oficial sobre a causa da morte.
Wanderlan sofria de coagulopatia, condição que compromete a produção dos fatores responsáveis pela coagulação do sangue, dificultando o controle de hemorragias. Ele chegou a ser internado na Unidade de Pronto Atendimento Dr. Otávio Pires de Lacerda (UPA do Campo da Liga), em Patos, no dia 10 de outubro, oito dias após ter sido preso pela Polícia Federal.
Ainda segundo familiares, Wanderlan vinha enfrentando problemas de saúde há algum tempo e buscou atendimento em unidades de saúde de Campina Grande, UPAs de Patos e no próprio Hospital Regional de Patos.
Wanderlan ganhou destaque nacional após ser investigado pela Polícia Federal por envolvimento em um esquema de fraude em concursos públicos federais, incluindo o Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024. Conforme a PF, ele teria se inscrito no certame para demonstrar a eficácia do esquema criminoso, sendo aprovado para o cargo de auditor fiscal do trabalho, que possui salário inicial de R$ 22,9 mil, mas não compareceu ao curso de formação.
Wanderlan chegou a ser preso durante operação da PF, mas foi colocado em liberdade por decisão judicial que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, em razão do agravamento do quadro de saúde.
O ex-policial foi expulso da Polícia Militar da Paraíba em 2021. No ano anterior, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba manteve sua condenação a seis anos de prisão pelo crime de tortura, além da perda do cargo público.
As investigações sobre o esquema de fraude em concursos públicos seguem em andamento pela Polícia Federal.