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Nuvem cúmulo-nimbo chama a atenção de Feira de Santana e meteorologista patoense explica

Por Redação 40 Graus com Midia Bahia    Sexta-Feira, 20 de Março de 2020


“A formação de nuvens observada no final de tarde desta quinta-feira (19), em Feira de Santana e que chamou muito a atenção da população, é conhecida como cúmulo-nimbo ou mais usualmente em latim como cumulonimbus”. A informação é do astrofísico Marildo Pereira, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Este tipo de formação de nuvem é caracterizado por um grande e rápido deslocamento de ar ascendente.

“A formação de nuvens observada no final de tarde desta quinta-feira (19), em Feira de Santana, e que chamou muito a atenção da população, é conhecida como cúmulo-nimbo ou mais usualmente em latim como cumulonimbus”. A informação é do astrofísico Marildo Pereira, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Serrinha

Ele esclarece que este tipo de formação de nuvem é caracterizado por um grande e rápido deslocamento de ar ascendente, ganhando massa e volume no processo, atingindo uma altitude que chega a 15 km.

“O resultado final é uma formação de nuvens muito densa e com um formato final semelhante a uma bigorna. O fenômeno dura em média uma hora e usualmente é acompanhado de eventos meteorológicos extremos, com tempestades fortes, acompanhada de muitos raios e trovoadas. Eventualmente pode ser acompanhada de precipitação de granizo”, explicou ao Acorda Cidade.

Segundo o meteorologista patoense Mário Leitão, isso é uma nuvem muito potente chamada de cumulonimbus. Abaixo dela ocorre muita chuva e tem muitos relâmpagos e trovões. Essa nuvem pode chegar a 260 km/h tendo 16 km da base até o topo.

DESCRIÇÃO:

Um cúmulo-nimbo ou, em latim cumulonimbus[1], é um tipo de nuvem caracterizada por um grande desenvolvimento vertical. Tipicamente, surge a partir do desenvolvimento de cúmulos que, por ação de ventos convectivos ascendentes, ganham massa e volume e passam a ser cumulus congestus e, no auge de sua evolução, torna-se um cúmulo-nimbo, quando atingem mais de quinze quilômetros de altura. Uma de suas principais características é o formato de bigorna que forma-se em seu topo, resultado dos ventos da alta troposfera. Tipicamente produzem muita chuva, principalmente durante os meses mais quentes do ano. Nuvens isoladas possuem ciclo de vida médio de uma hora. Classificam-se em dois tipos principais, cuja diferença é o seu formato superior, enquanto que características peculiares ganham denominações especiais.

Este tipo de nuvem frequentemente associa-se a eventos meteorológicos extremos, como a ocorrência de tempestades com muitos raios e chuva volumosa, além de granizo e neve. Podem ocorrer isoladas, em conjunto (formando multicélulas) ou associadas à frentes. Um cúmulo-nimbo, ao atingir o extremo de seu desenvolvimento, forma uma supercélula que, por sua vez, é responsável por eventos extremos, como fortes chuvas de granizo, muitos raios e tornados.

Uma nuvem cúmulo-nimbo em seu ápice de desenvolvimento apresenta uma forma primariamente vertical, cuja altura se estende por mais de quinze quilômetros, especialmente nas regiões tropicais, embora possa ocorrer em praticamente todo o mundo. Logo abaixo de sua base, devido a sua grande espessura, manifesta-se grande escuridão pelo bloqueio da luz solar. O que caracteriza um cumulonimbus maduro na maioria das vezes é a formação de uma estrutura em seu topo com textura fibrosa ou estriada, cuja forma lembra a de uma bigorna, enquanto que, em sua base, tipicamente encontram-se nuvens com forma de bulbos ou cúmulos menores.[2] Estas nuvens podem manifestar-se isoladamente ou em grupos.[3]

Ocorrem tipicamente nos meses mais quentes do ano, durante o período da tarde ou também associadas a frentes frias. Podem surgir também próximo a cadeias montanhosas em função da formação de ventos orográficos que possibilitam seu desenvolvimento vertical.[4] Em seu interior, os ventos podem chegar a mais de 150 quilômetros por hora. Sua base é formada por gotículas de água enquanto que, conforme a altitude aumenta, formam-se mais cristais de gelo que, no topo, são o componente principal. Tempestades provocadas por cumulonimbus podem ter várias formas de precipitação, com gotículas de água, neve e granizo.[3]

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